Santos estuda aumentar capacidade e modernizar seu estádio centenário; José Carlos Peres apresenta alternativas para projeto seguir em frente
O presidente do Santos, José Carlos Peres, segue com seu objetivo de modernização da Vila Belmiro. Para o planejamento avançar e sair do papel, os estudos prosseguem e o projeto pode se tornar oficial e ser divulgado em breve.
O plano é aumentar a capacidade de ocupação do estádio, além de modernizar a centenária casa do Santos. Um mês atrás já foi apresentado um pré-projeto, e agora o presidente traça os próximos passos para o planejamento avançar.
José Carlos Peres revelou os detalhes do projeto, que tem como principal empecilho a decisão sobre qual o tamanho da capacidade que será definida.
“O grande desafio hoje em dia é a metragem da Vila Belmiro, que tem 17 mil metros quadrados. O estádio do Boca Juniors, que é apertado, tem 26 mil. Estamos planejando um estádio confortável, que vai de 20 a 25 mil lugares, número que ainda será definido.
Estamos no pré-projeto, que deve durar mais umas duas ou três semanas. Depois, vamos partir para o projeto oficial e criar maquetes e mapas. Todo esse material comercial para vender”, revelou ele.
O presidente do Santos enfatizou que o projeto é sério e que quer levar adiante, e ainda citou o arquiteto Artur Katchborian, que foi o responsável por estádios da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, além dos Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro, em 2016.
“Sempre que se falou de fazer um estádio no Santos, não se passou de apresentações de “power point”. Nunca foi além disso. Desta vez é sério. O arquiteto Artur Katchborian projetou estádios de Copa do Mundo, de Jogos Olímpicos, no Rio, e é um dos tops da arquitetura. Além disso, é santista e sócio do clube.”
A obra tem previsão de um valor de R$200 milhões, e para isso o Santos conta com parceiros para conseguir concretizar o projeto. O Grupo Bolton se interessa em fazer parte da modernização da Vila Belmiro, e Peres se mostra confiante quanto a isso.
“Tem o Grupo Bolton. Estamos conversando com eles. Há grande possibilidade deles financiarem e receberem através do Naming Rights, de jogadas de marketing também, além do nome que o Santos tem no exterior.”
O presidente ainda revelou planos para lucrar com o novo estádio, e usou o exemplo do Atlético de Madrid, que dá nomes a cada setor das arquibancadas.
“Outra possibilidade é o “sector name”, que é o nome por setor. Isso também dá uma grande possibilidade de se fazer dinheiro.
O Atlético de Madrid fez seu estádio novo e fez um startup por lá, quando o sujeito dá o dinheiro e recebe um crédito para usar em vários eventos que o clube possa ter.
Estamos atrás da área comercial para tornar isso realidade. O Santos não tem dinheiro para fazer estádio e não vai colocar um centavo.”
Para o projeto realmente se tornar algo concreto, os conselheiros do Santos tem que aprovar em votação que ainda deve ser marcada. Se avançar, as obras devem ter tempo de duração entre um ano a um ano e meio.